Para planejar é preciso...
De acordo com Atendimento Educacional
Especializado para alunos com Deficiência Intelectual, para o trabalho com aluno com Deficiência
Intelectual se faz necessário:
• Conhecer o aluno
Como destacamos anteriormente ao elaborar o
planejamento devemos romper com a concepção de educação acrítica que contempla
uma visão de alunos iguais. Esse “planejar”, implicaria em revisitar o, já
mencionado, momento dos “métodos e técnicas” e das especificidades da Educação
Especial, no qual se previam metodologias de ensino específicas para alunos
específicos, dentre eles os alunos com deficiência intelectual. Contrapondo
esse pensamento, Mrech (2001, p.06), enfatiza que “o mesmo tipo de deficiência
pode gerar processos inteiramente diferentes de desenvolvimento do aluno, a
partir de contextos sociais distintos. (...) Cada caso é um caso e tem que ser
considerado de uma maneira específica”.
Nesse sentido, ao planejar as
atividades para os alunos com deficiência intelectual, você deve-se atentar que
é preciso conhecer o aluno nos seguintes aspectos:
- realidade familiar e social;
- características pessoais;
- interesses e peculiaridades;
- processo de aprender;
- necessidades de aprendizagem;
- o que ele já sabe e o que está
em vias de aprender.
Considerando esses aspectos
poderemos organizar um planejamento voltado para a diversidade de forma a
contemplar suas reais necessidades e potencialidades de aprendizagem, para que
assim, todos possam aprender e consequentemente se desenvolver.
• Valorizando as diferenças A
utilização de um único método de ensino pode até contribuir para a construção
da aprendizagem de alguns alunos, no entanto, esse mesmo método específico pode
se constituir como barreira de aprendizagem para outros. Desta forma, o
professor precisa planejar estratégias diversificadas de ensino, pois nem todos
alunos constroem o conhecimento pelos mesmos caminhos, ou seja, os alunos têm
diferentes estilos e ritmos de aprendizagem. Considerando as dificuldades que
os alunos com deficiência intelectual apresentam e a necessidade do
desenvolvimento de estratégias de aprendizagem elaborada, que visam atender e
facilitar o desenvolvimento de todos os alunos, é necessário que o professor ao
planejar suas aulas tenha o conhecimento de qual prática está utilizando para
atender as diferenças sem excluir a participação do aluno no conteúdo
trabalhado em sala. Por muito tempo, preconizou a ideia que para atender a
diferença na sala de aula eram necessárias atividades diferenciadas aos alunos
com deficiência, realizando adaptações curriculares, não considerando o
conteúdo trabalhado.
Segundo Mirallha...
“tais adaptações seriam atividades de
facilitadas, simplificadas, ou mesmo em atividades geralmente de ordem prática
(atividades manuais, de percepção, memorização, etc) que definiam, a priori, o
que o aluno seria capaz de fazer, limitando ainda sua possibilidade de lidar
com atividades de caráter conceitual.”
É importante ressaltar que a construção
de uma autonomia moral e intelectual só ocorre em ambientes nos quais as
crianças tem oportunidades de fazer opções e vivenciar as consequências de suas
escolhas. Tal prática favorece a criança opções de escolha sobre o que quer
aprender, possibilita maior envolvimento, bem como a vivencia de poder atuar
intelectualmente diante de uma tarefa, tornando as atividades mais
significativas. Assim, ao disponibilizar ao aluno a possibilidade de escolher
as atividades que deseja realizar, permite ao mesmo sair de uma posição passiva
diante da aprendizagem, sendo construtor de o próprio saber. Desta forma, o
professor deve disponibilizar diversas atividades dentro do mesmo contexto
trabalhado, a fim de que o aluno possa optar qual deseja realizar. Quanto mais
diversificados e adequados às diferenças de ritmo e estilos de aprendizagem dos
alunos forem os métodos de ensino, menores serão as barreiras para sua a
aprendizagem.
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