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sexta-feira, 8 de maio de 2015

LIMITES NA IDADE CERTA

Imposição de limites deve começar ainda na primeira infância/Crianças que têm suas vontades contrariadas, muitas vezes, recorrem a birras para sensibilizar os pais. Para esses casos, que não são raros na primeira infância, especialistas aconselha: converse, explique, mas nunca ceda.
Os passeios, as refeições e a hora de dormir podem se transformar em um problema entre pais e filhos quando as crianças resolvem fazer birra. Um choro porque não ganha o presente desejado, cara amarrada quando não gosta da comida ou, muitas vezes, um chilique sem razão aparente tira a paz do ambiente familiar. Apesar de não atingir a todas as crianças, esse tipo de comportamento é bastante comum, especialmente entre 1 ano e meio e 3 anos e meio de idade. O professor de psiquiatria da Universidade Federal do Ceará (UFC), Fábio Gomes de Matos, defende que o problema, chamado de transtorno opositor desafiador, se manifesta mais em crianças com ausência de limites: “Quando elas se vêm contrariadas, fazem birra”.
Já para Ana Luísa Diógenes, mestre em educação e professora de educação infantil do curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Ceará (Uece), “as crianças recorrem ao comportamento de birra muito cedo, quando elas identificam que linguagem usada não tá sendo reconhecida”. Foi exatamente essa a situação que a designer de interiores, Raquel Freitas, 37, mãe de duas crianças, viveu com o filho mais novo, atualmente com 5 anos. Aos 2 anos, ele começou a ter manifestações de birra quando as pessoas não entendiam o que ele queria falar. “Ele ficava muito irritado”. Para enfrentar a situação, ela e o marido buscaram ajuda profissional, tanto com psicóloga para orientá-los, quanto com fonoaudióloga, para ajudar o filho no aperfeiçoamento da comunicação.
Dicas
Com isso, aprenderam dicas de como se comportar nos momentos mais tensos. “A primeira tentativa é de negociar, sempre. Aqui em casa, as crianças só ganham brinquedo no aniversário, no Dia das Crianças e no Natal. Quando vamos ao shopping, eles sabem disso. Mas acontece, sim, de ele pedir e se irritar, chorar, quando não é atendido. Quando a negociação e o diálogo não funcionam, o que fazemos é desfocar do assunto, mudar a atenção do que tá causando a birra”, diz Raquel.
Para o professor Fábio de Matos, é importante que os pais entrem em acordo sobre o que dizer à criança. Um não pode dar uma ordem e o outro dizer o contrário. E, em hipótese alguma, devem ceder. A professora Ana Luísa considera o diálogo como ideal: “Deve-se levar a criança para o campo da linguagem, conversar com ela, ouvir o que ela quer. A partir daí, explicar as razões de estar negando o pedido. É muito importante desenvolver a capacidade de negociar”.
A pedagoga alerta, no entanto, para o fato de que o problema pode estar além da birra. “É preciso que os pais tenham disposição de pensar além daquele momento (da manifestação de oposição) e avaliar se as necessidades das crianças naquela área em que elas mostram descontentamento estão sendo satisfeitas”. As crianças precisam de tempo para brincar, de tempo para dormir. Elas também têm gostos próprios para roupa, para alimentos, e isso precisa ser respeitado.

A partir de 1 ano e meio de idade, é comum as crianças chorarem, gritarem, se debaterem quando não têm seus desejos atendidos. É uma tentativa delas de chamar atenção e sensibilizar os pais. A recomendação dos especialistas é que os pais não cedam e que imponham limites à criança.

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