Relação intensa entre mãe e filho
A figura da mãe dentro de uma família é tão importante que chega a superar a figura paterna. Talvez por isso a frase "mãe só tem uma". De acordo com o especialista, a presença da mãe representa a continuidade da vivência no útero. “Até os 3 anos de idade a criança se enxerga como uma extensão da mãe. Somente após essa idade e que o pai ganha espaço na personalidade do filho”, complementa o psicólogo. A ligação da mãe com o filho é mais intensa, pois foi no útero que o bebê recebeu seus primeiros cuidados, como a alimentação, calor, proteção e conforto. “É através do cheiro, da audição, do paladar que a criança se liga mais à mãe após o nascimento, pois foi dentro do corpo dela que ele sentiu essas primeiras sensações.
"O ato de oferecer o peito e mamar já é uma ligação forte entre os dois”, explica Alexandre.
Tempo X Afeto
Como administrar? Nos casos dos bebês, o ideal é que as mães permaneçam no mínimo duas horas com a criança. Em muitos casos, a ausência faz com que os bebês se identifiquem com quem cuida como avós e babás, e acabem naturalmente, rejeitando o colo da mãe. Outra dica, é aproveitar a hora de dormir para cantar para o bebê, já que no útero ele estava habituado a ouvi-la. Nas crianças com idade de 3 a 7 anos, é realmente importante que a mãe participe de brincadeiras com os filhos. A partir dessa idade até a pré-adolescência, a criança começa a entender e a sentir a necessidade da presença do pai, principalmente as meninas.
Uma mãe “ausente” sabe que deve redobrar seus esforços quando tem uma oportunidade de estar com seu filho. Prestar atenção redobrada em tudo o que ele tem prazer de fazer, estar sempre atenta a como ele anda na escola e seu desempenho, informar-se a respeito de como foi seu dia na escola e em casa (ou na creche) e, sempre que possível dar asas ao mais importante: realizar atividades recreativas ao lado dele. Passeios, brincadeiras, jogos e tudo que possa transformar esses poucos momentos em que estão juntos em momentos de intensa alegria e divertimento.
Nenhum dia mais propício do que O Dia das Mães para falar sobre a Importância das Mães para a formação da criança como indivíduo.
A formação de um adulto inteligente, feliz e bem integrado pode estar relacionada com o afeto recebido desde o nascimento.
Aumenta cada vez mais a chegada de pais totalmente perdidos em relação a suas funções nas clínicas psicológicas, procurando ajuda e muitas vezes, deslocando a responsabilidade e as frustrações que deveriam ser da mãe e do pai, para o profissional. Por exemplo, uma mãe chegar para a psicóloga com a criança, a pasta e a escova de dente e dizer: "Faça ele escovar os dentes, pois eu não consegui." Como se dissessem "faça o que eu não consegui fazer", "controle o meu filho". Nesses casos, é preciso acolher a família em sofrimento, frustrar para crescer, e lançar as decisões de volta. Os profissionais não podem decidir para os pais, o que é melhor para os filhos. É muito fácil estar na posição do "suposto saber", porém, esse papel de decisão só os pais podem ocupar. É preciso lançar de volta as perguntas: "O que VOCÊ acha disso? O que VOCÊ acha que deve fazer?" Sem esquecer que cada criança é um sujeito, e cada caso é um caso.
Em muitos casos, as mulheres deixam os maridos de lado após o nascimento do primeiro filho. Para que a relação continue a dar certo, ela deve se dividir entre os cuidados com o bebê e a atenção ao marido, pois o primeiro passo para que o conceito família se estabeleça, é a união do casal.
Bater para educar?
Um ponto que gera discussão na educação dos filhos é o ato de bater para educar. Alexandre afirma que dar um tapa é diferente do castigo e poucas vezes faz mais efeito para a criança. “Jamais parta para violência, ela gera revolta e desunião do lar. Uma palmada de leve no bumbum pode servir como advertência. Muitos ainda acreditam que um tapinha de leve no dorso da mão é inofensivo, mas a mão da criança ainda possui ossos finos em formação, o que pode levar a uma fratura”, complementa o profissional.
Educar se tornou mais díficil, e o tempo diminuiu.
Antigamente a relação mãe e filho era muito mais tranquila, já que as mulheres não precisavam trabalhar ou apenas trabalhavam na manutenção de seu lar. Mas, vivemos hoje um paradoxo incrível nas relações familiares. Com a correria dos dias, sempre sentimos que não temos tempo mais para nada e muitas vezes gostaríamos de ter mil clones. Hoje em dia este convívio está bem ameaçado, já que as mulheres nunca foram tão livres para trabalhar, construir uma carreira e lutar por um “lugar ao sol” no mercado de trabalho. Mas, toda essa possibilidade de sucesso muitas vezes prejudica a mulher no que, muitas vezes, lhe é mais caro: ser mãe. As mulheres estão tendo que sacrificar sua função e seu prazer de serem mães, para se dedicarem as suas carreiras e seu desenvolvimento intelectual e profissional em busca de um futuro melhor para seus filhotes, necessitam dividir seus afazeres do trabalho com a tarefa de ser mãe, esposa, dona de casa e ainda conseguir tempo para cuidar da saúde do corpo, beleza e ainda um tempinho para a diversão. Mas não podemos esquecer do principal: dos filhos. Esse excesso de compromissos, muitas vezes leva a mãe a não ter tempo suficiente para cuidar e dar a atenção necessária à criança, o que é muito prejudicial para a mesma.
Mãe Coruja |
“Prestar atenção ao que filho gosta de fazer, acompanhar seu desempenho na escola, alimentação e o mais importante, realizar tarefas ao lado da criança, sejam elas de lazer ou educação e responsabilidade”, alerta o psicólogo Alexandre Bez Alexandre, especializado em relacionamento na Universidade de Miami.
Atitudes de pequenos gestos, como falar com o bebê, favorecem a troca, pois esse ato de dedicação da mãe é correspondido pelo bebê na forma de expressões faciais ou corporais e podem ser perceptíveis pelos olhos atentos. É uma estimulação necessária para o desenvolvimento do cérebro, pois este precisa de exercício para se desenvolver. O desenvolvimento da inteligência à linguagem, da percepção de si, de seus sentimentos, reações e capacidades são habilidades propiciadas pela interação afetiva entre mãe e filho, que envolve sorrisos, olhares e movimentos corporais.
Estudos mostram que a presença da mãe é o ponto fundamental e crucial para o desenvolvimento da criança e formação do ser humano, é a partir de conceitos passados por ela que se desenvolverão habilidades tanto mentais, quanto físicas, sociais, psicológicas e até mesmo ambientais. A criança toma conhecimento da existência de sua mãe logo no útero, pois lá ela tem proteção, abrigo e nutrientes necessários para sua vida. Logo que nasce, o primeiro contato que tem é com sua genitora, a primeira voz que ouve é a dela e a primeira fome saciada é através do leite materno. Com tudo isso forma-se cada vez mais os laços entre mãe e filho, o que com o tempo vai se fortalecendo cada vez mais com os carinhos, amor, dedicação, sensações prazerosas como o de uma boa massagem para acalmar as cólicas.
A participação da mãe na vida do filho é algo muito importante, especialmente nos seus primeiros anos de vida. Mas, cada período vem com mudanças, o que não faz que a presença da mãe seja menos importante, muito pelo contrário, como o passar do tempo a criança vai se deparando ainda mais com dificuldades, descobertas fazendo com que ela precise cada vez mais do apoio, carinho e amor da mãe.
A harmonia da casa, o bom relacionamento com o marido e a satisfação própria como mulher devem caminhar juntos para um ambiente familiar saudável. “Estes conceitos estão presentes na formação caráter, que são responsáveis pelo desenvolvimento da responsabilidade e crescimento pessoal de cada ser”, afirma o profissional.