Quando a criança apresenta algum transtorno, não se pode deixar o tempo passar, devendo estabelecer critérios de detecção precoce
na primeira infância, onde através de jogos, brincadeiras, faz-de-conta as
experiências negativas tendem a se tornar menos traumáticas ou até superadas. Essas atividades proporcionam experiências fundamentais para aquisição
instrumental da psicomotricidade, da aprendizagem, da linguagem, da
estruturação da personalidade, ou seja, aquisições para a constituição do
sujeito utilizando-se das vantagens das fases de desenvolvimento defendidas e
estudadas por Freud. A intervenção da forma e no momento oportuno é importante
para que não se enfatize apenas os transtornos, mas se busque soluções ou reflexões
que sejam significantes para a constituição psíquica e o desenvolvimento do
sujeito como um todo.
A
formação da personalidade funciona segundo integração desses sistemas (fases),
ou seja, funciona como uma unidade completa e não em segmentos separados. Ter
conflitos não é ser neurótico. O ser humano se depara com situações que remetem
a ter que fazer escolhas, tomar decisões. Grandes partes dos conflitos são
determinadas pela sociedade ou cultura presentes em nossa civilização. È
importante que tomemos consciência dos nossos desejos e nossos sentimentos,
para que dentro de nossas angústias e sofrimentos tenhamos oportunidade de
enfrentarmos nossos conflitos na procura de soluções apropriadas ao eu
interior. As neuroses são sempre uma questão de grau, onde a diferença entre
conflitos normais e neuróticos reside essencialmente no fato de que a
disparidade entre as soluções contraditórias é muito menor para a pessoa normal
do que para o neurótico. Um conflito normal pode ser inteiramente consciente,
um conflito neurótico, em todos os seus elementos é essencialmente
inconsciente.
Se
aprendermos a nos conhecer e conhecer os outros de forma consciente podemos
tornar positiva a diferença gritante de hoje em soluções significativas amanhã.
Porém, se os problemas ou diferenças são do tipo doentia ou neurótica em forma
de preocupação, pânico ou desespero que pode desestabilizar o equilíbrio
emocional, transformando-se em algo negativo. Aí, deve ser canalizada para o
êxito e realização pessoal através de profissionais competentes.
Reconhecendo
que cada um deve fazer aquilo que lhe é de competência e vendo com clareza os
benefícios e alterações que devem ser controlados. Sei que o indivíduo precisa
ser ajudado a descobrir-se; tomar conhecimento de seus sentimentos e desejos
reais, criar seu sistema pessoal de valores e relacionar-se com outras pessoas
de acordo com seus sentimentos e convicções. Implica em fazer o paciente chegar
a uma compreensão perfeita de seus conflitos, seus efeitos gerais sobre sua
personalidade e responsabilidade específica de cada um deles pelos seus
sintomas. Mas, enquanto psicopedagoga quais os caminhos que devo seguir para
tornar consciente a necessidade do paciente superar seus limites “traumas” e
aprender, por exemplo: a ler, escrever, contar, fazer associações, entre
outros?
Contudo,
segundo as metas de Freud na Psicanálise se equiparam em parte, às da educação,
no sentido de levar a criança a adaptar-se socialmente e aceitar uma realidade.
A educação psicanalítica não quer desenvolver rebeldes, apenas seres não
reprimidos que possam fazer escolhas amadurecidas, dentro de um desenvolvimento
sadio e próximo a uma auto-realização. No determinismo psíquico o princípio é
de que na mente, nada acontece por acaso ou de modo fortuito. Cada evento psíquico
é determinado por aqueles que o precederam, no caso uma possível falha ou fato
intrigante na fase fálica do sujeito que causa transtornos na sua vida adulta.
Neste caso é possível reverter o processo ou pelo menos amenizar os “sintomas”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário