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domingo, 18 de setembro de 2011

O Livro do Desassossego, de Bernardo Soares
“A vida é para nós o que concebemos nela. Para o rústico cujo campo próprio lhe é tudo, esse campo é um império. Para o César cujo império lhe ainda é pouco, esse império é um campo. O pobre possui um império; o grande possui um campo. Na verdade, não possuímos mais que as nossas próprias sensações; nelas, pois, que não no que elas vêem, temos que fundamentar a realidade da nossa vida.
Isto não vem a propósito de nada.
Tenho sonhado muito. Estou cansado de ter sonhado, porém não cansado de sonhar. De sonhar ninguém se cansa, porque sonhar é esquecer, e esquecer não pesa e é um sono sem sonhos em que estamos despertos. Em sonhos consegui tudo. Também tenho despertado, mas que importa? Quantos Césares fui! E os gloriosos, que mesquinhos! César, salvo da morte pela generosidade de um pirata, manda crucificar esse pirata logo que, procurando-o bem, o consegue prender. Napoleão, fazendo seu testamento em Santa Helena, deixa um legado a um facínora que tentara assinar a Wellington. Ó grandezas iguais à da alma da vizinha vesga! Ó grandes homens da cozinheira de outro mundo! Quantos Césares fui, e sonho todavia ser.
Quantos Césares fui, mas não dos reais. Fui verdadeiramente imperial enquanto sonhei, e por isso nunca fui nada. Os meus exércitos foram derrotados, mas a derrota foi fofa, e ninguém morreu. Não perdi bandeiras. Não sonhei até ao ponto do exército, onde elas aparecessem ao meu olhar em cujo sonho há esquina. Quantos Césares fui, aqui mesmo, na Rua dos Douradores. E os Césares que fui vivem ainda na minha imaginação; mas os Césares que foram estão mortos, e a Rua dos Douradores, isto é, a Realidade, não os pode conhecer.
Atiro com a caixa de fósforos, que está vazia, para o abismo que a rua é para além do parapeito da minha janela alta sem sacada. Ergo-me na cadeira e escuto. Nitidamente, como se significasse qualquer coisa, a caixa de fósforos vazia soa na rua que se me declara deserta. Não há mais som nenhum, salvo os da cidade inteira. Sim, os da cidade dum domingo inteiro – tantos, sem se entenderem, e todos certos.
Quão pouco, no mundo real, forma o suporte das melhores meditações. O ter chegado tarde para almoçar, o terem-se acabado os fósforos, o ter eu atirado, individualmente, a caixa para a rua, mal disposto por ter comido fora de horas, ser domingo a promessa aérea de um poente mau, o não ser ninguém no mundo, e toda a metafísica.
Mas quantos Césares fui!”
(27/06/1930; em “Livro do Desassossego”)

quarta-feira, 7 de setembro de 2011


As corujas são os símbolos da filosofia e da pedagogia devido à inteligência, argúcia, astúcia, sensibilidade, visão e audição super potente. O pássaro dá a impressão de mostrar-se com o peito aberto, estufado para frente. Isso representa a coragem, a ousadia que o pedagogo precisa assumir para levar em frente sua missão, suas metas, seus objetivos, frente às dificuldades profissionais
Fita de Moebüs com 3 voltas. Representa o olhar do Psicopedagogo. As voltas estão dispostas de forma a representar a aprendizagem do indivíduo. O círculo central representa o indivíduo em processo para a aquisição de conhecimento, chegando ao fim com mudanças perceptíveis (círculo vermelho).Psicopedagogia aparece “suas partes constitutivas – psicologia + pedagogia – e que oferece uma definição reducionista a seu respeito”,é um campo de atuação que, ao atuar de forma preventiva e terapêutica, posiciona-se para o compreender os processos do desenvolvimento e das aprendizagens humanas, recorrendo a várias áreas e estratégias pedagógicas

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

LIVRO A VISTA

DISTÚRBIOS, TRANSTORNOS E DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM: entendendo melhor os alunos com necessidades especiais AMIGOS ESTE LIVRO LOGO ESTARÁ A VENDA E TEM UM PEDACINHO DE MIM SE PUDER LEIAM... OU INDIQUE PARA EDUCADORES E PAIS. ESTOU MUITO FELIZ ESTA EQUIPE É MARAVILHOSA , ALTOS APRENDIZADOS...

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

CAUSA E EFEITO

Quantas vezes bloqueamos a espontaneidade das crianças, esquecendo-nos do quanto isso nos doeu na nossa infância…
Quantas vezes exigimos mais maturidade dos adolescentes sem
lembrarmos o que passamos quando nos exigiram isso…

Quantas vezes nos queixamos dos colegas de trabalho e não nos perguntamos se eles também têm queixas sobre nós…
Quantas vezes nos irritamos nas ruas sem percebermos que nossa irritação também causa mal aos outros…

Quantas vezes queremos implantar paz na família expressando-nos aos berros…
Quantas vezes esperamos dos nossos parceiros o que não estamos dispostos a dar-lhes…

Quantas vezes esperamos dos nossos filhos o que não demos aos nossos pais…
Quantas vezes esperamos dos nossos pais o que não damos aos nossos filhos…

Quantas vezes perdemos a paciência com idosos esquecendo que a velhice chega para todos…
Quantas vezes repelimos animais e nos comportamos como seres irracionais…

Quantas vezes pedimos aos amigos coisas que não gostaríamos que eles nos pedissem…
A maior parte da vida deixamos a Vida passar sem senti-la no coração…

Texto extraido do blog http://refletiresentir.blogspot.com