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domingo, 24 de março de 2013

Desenvolvimento infantil

Demonstro o que sinto por meu filho quando: ofereço carinho, colo, cafunés, tom suave de voz, expressão do meu rosto, palavras como "Amo você", elogios sinceros, aceitando-o como é, nada de comparações, procurando ser justo. Como dar segurança e contribuir no desenvolvimento da criança: Ofereça-lhe a mão, o colo, quando sente medo ou está insegura; Para contribuir no desenvolvimento da criança, proponha que brinque com outras crianças e leve-a a lugares diferentes, diga a verdade com tranquilidade a respeito do dentista, do médico, da provável dor; Não a deixe sentir-se envergonhada e nem a super proteja; Também não a ameace de "mentirinha"; Diga não com firmeza, explique as regras do jogo da vida e saiba também dizer sim e permitir; Trace limites, dosando firmeza e o cumprimento das regras; Ensine-a se controlar; Procure dar o exemplo, coloque-se no lugar dela e verbalize o que está sentindo; Permita e incentive que faça muita coisa sozinha e reforce suas conquistas de independência; Busque mostrar o que é trabalho, chamando-a para dividir algumas tarefas com você. Interesse-se pelo que ela faz; Procure orientá-la quanto ao respeito que se deve ter com cada um e evite ter atitudes preconceituosas ou discriminatórias; Converse muito, saiba ouvir, leia para e com ela, explique, faça perguntas e, se precisar, chame-lhe a atenção; Ajude-a sentir orgulho do que faz e a acreditar em si mesma : "Viu, como você é capaz? Você é importante e especial!.."; Assim irá desenvolvendo nela bons sentimentos em relação a si mesma e aos outros; Faça do seu aniversário um grande dia! O dia mais importante do mundo! Bolo, velhinhas, bexigas, cartazes, bilhetes, cartões, surpresas escondidas pela casa; Olhe nos olhos dela enquanto fala com ela; Se ela diz: "Não sei... não consigo... faça para mim"; Responda: "Claro que sabe... Tente outra vez. Faça como acha que deve ser". E se policie, evitando dizer: "Não, não é assim!"; À medida que se sente útil, valorize-a e procure lembrar que, em algumas coisas, alguém pode ser melhor que ela e vice-versa; Conte até 10; até 100, se for preciso; Não permita que irmãos mais velhos chamem o menor de "burro"; Palavras como "burro", "bobo", "sujo", "desligado", "malvado", "estúpido" ferem e tem péssimas consequências; Procure evitar que se sinta culpada: "Isto não se faz!..." e basta; Sentimentos de culpa a tornarão infeliz; Não a ameace com o seu afeto: "Estou triste com você!..."; As crianças precisam saber que estão aprendendo. "Olha! Sei fazer!" "Sei subir rápido na escada!" "Sei pular com um pé só!" "Veja, a letra do meu nome!..." "Olha, o V da vovó!" "Consegui montar o quebra-cabeça!" Desenvolvimento da criança - vamos brincar? A alegria e a vibração com que grita para nós, transmite-nos o orgulho da criança e como se sente importante. Ela tem um sentido de realização e sente-se satisfeita com seu desenvolvimento. No aspecto físico a criança precisa desenvolver a habilidade motora. Deve saltar, jogar bola, pular, rodar um pneu velho, balançar, passar por um túnel de caixas de papelão, manipular uma bola de meia, modelar com massa, colorir, pintar, desenhar, rasgar papéis, cortar com tesoura sem ponta, desenvolvendo assim os pequenos músculos, responsáveis pela coordenação motora fina. Aos três anos, a criança sente que é alguém e começa a participar de brincadeiras com outras crianças, o que devemos estimular para contribuir no seu desenvolvimento. A maioria das crianças pequenas não gosta de partilhar suas coisas. Pais sensatos interferem de maneira firme, mas carinhosa. Elas aprendem a dividir com a ajuda dos pais: "Sua vez de andar na bicicleta e depois da Daniela..." "Gostei muito de ver como vocês brincaram hoje...". É importante conversar sobre os seus amiguinhos, para ajudar a criança a compreendê-los e aceitá-los e também ajudar no desenvolvimento da criança. A aceitação do outro a ajudará a sentir-se e fazer-se aceita mais tarde. Portanto, dê a ela oportunidade de enriquecer suas amizades. Desde pequena deve aprender que a dignidade não depende da qualidade de suas roupas, da cor de sua pele, do dinheiro que sua família possui ou do tipo de casa em que moram. Este é o segredo para um começo de vida feliz e, por certo, mais verdadeira, sem falsos valores ou transferências materiais consumistas. A criança tem necessidade de muitas coisas para desenvolver suas habilidades, suas atitudes e a compreensão, que a ajudarão quando chegar o momento do ensino formal ou acadêmico. Outros aspectos que se desenvolvem brincando Os aspectos que também precisam ser desenvolvidos, além da psicomotricidade, podem ser enumerados da seguinte forma: Vocabulário, ampliando a compreensão e o uso de muitas palavras; Diferenciação visual, observando semelhanças e diferenças; Classificação, seriação e sequenciação, onde aprende a pensar, agrupando, criando e descobrindo critérios e categorias; Percepção auditiva e tátil (discriminando sons, ouvindo enquanto você fala, manipulando objetos); Observação e atenção para desencadear a curiosidade, a concentração e a capacidade de comparar, concluir, generalizar, estabelecendo relações; Interesse e prazer em descobrir o mundo ao seu redor, conquistando autonomia e êxito.

Assunto: Comportamento Assuntos delicados - falar com as crianças sobre a morte

Assunto: Comportamento Assuntos delicados - falar com as crianças sobre a morte 01/06/2000 - Texto por Dra. Evelyn Pryzant Inevitavelmente, as crianças perguntam sobre tudo. Colocam questões profundas sobre o ser humano, sobre a vida e sobre a morte. Falam, querem ouvir, têm ideias. Quando alguém da família de uma criança morre, ainda que se tente omitir ou negar, ela irá perceber através das atitudes transformadas dos familiares ao redor. Existe algo de estranho no ar que ela não sabe, nem deve saber. Um tabu. O fato é que, cedo ou tarde, ela descobrirá que a pessoa morreu. Omitir-lhe a verdade seria algo grave; seria como ignorá-la só porque ela não fala como os adultos, como excluí-la da família. Pior ainda, se as pessoas mais próximas em quem ela deposita toda sua confiança não forem capazes de falar sinceramente sobre a morte, ela tomará isso como um modelo a seguir e nem ousará perguntar a respeito daquilo que sua percepção lhe diz. Sem ter com quem dividir suas preocupações, a criança permanece conturbada em seus pensamentos, isolada em seu mundo interno cada vez mais inacessível às pessoas. Sem contar que ela amava essa pessoa e estará preocupada com sua ausência. E, de fato, é toda uma história da vida da criança que ela não reencontrará mais. Por isso é importante falar com a criança sobre a morte, não ensiná-la a colocar um véu de silêncio sobre este assunto. O que o adulto não sabe é que as crianças questionam sem angústia a respeito da morte até cerca de sete anos. Por volta dos três anos de idade os questionamentos sobre a morte começa a aparecer, e é importante responder às crianças sobre a morte. Aliás, elas a veem. Existem animais que morrem em torno delas, elas ouvem estórias, conversas; o conceito de que as coisas acabam, e que os limites existem, já estão estabelecidos desde muito cedo. A morte faz parte do destino do ser vivo, e a criança sabe disso muito bem. Aliás, não temos definição para a vida a não ser através da morte, e da morte a não ser através da vida. Portanto, a vida é parte integrante de um ser vivo, assim como a morte. E nós morremos porque vivemos: é simples. Para uma criança, realmente é. Dizer a uma criança que morreremos quando acabarmos de viver pode fazer um sentido enorme, trazer um conforto para suas apreensões e reassegurar-lhe a vida. Mas não deveria existir nada de mal em morrer, já que afinal todos deverão morrer e isso dai a importância de conversar sobre a morte com as crianças. Na verdade, a morte nos torna culpados. Nos reprovamos por não termos tido uma relação mais intensa e mais alegre com as pessoas que amávamos e que perdemos, culpados pela ligação ter sido interrompida, por termos sidos negligentes, um desfilar de culpas que invadem a mente e acabam obrigando a não se querer falar mais sobre o assunto, fazendo com que o tabu do silêncio possa prevalecer, mas esta já é uma outra história; o fato é que a criança é espontânea e livre o suficiente para se sentir menos culpada na relação com as pessoas e, principalmente, seus familiares. Ao falar com a criança sobre a morte, ela poderá estar mais bem amparada, terá mais chances de elaborar da forma mais sadia possível o momento do luto. A conclusão de uma conversa franca com uma criança, sobre a morte, sem medo, tem sempre um tom positivo, só o fato de se estar perto, falando a respeito e ouvindo, já é positivo, é uma forma de estar vivo e vivendo o momento de uma forma plena. Todos os seres humanos aceitam a morte através de uma forma singular. Devemos respeitar, no mínimo, a maneira que as crianças encontram para superar o momento da morte, o mistério da morte e da vida. Elas têm perguntas e buscam o conhecimento, e nós, adultos que muitas vezes acreditamos saber muito, ouvimos delas as melhores respostas para as perguntas que não saberíamos responder.